Trump retalia Colômbia duramente após Petro recusar deportações





O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu neste domingo (26/1) retaliar duramente a Colômbia após o país sul-americano recusar voos de repatriação de nacionais em aviões militares dos EUA, como o voo que chegou no Brasil na sexta-feira (24/1) e está causando atrito diplomático.


O que está acontecendo:



  • O novo presidente dos EUA, Donald Trump, está cumprindo a promessa de apertar o cerco contra a imigração ilegal e deportar quem entrou ilegalmente no país, mas problemas diplomáticos estão acontecendo.

  • Após o Brasil protestar e cobrar tratamento digno a seus nacionais, que foram transportados algemados e acorrentados, países como México e Colômbia começaram a negar o pouso dos aviões militares dos EUA com deportados, exigindo que seus cidadãos sejam devolvidos em voos comerciais e sem correntes.

  • Neste domingo, Trump reagiu à negativa da Colômbia com medidas duras: impôs tarifas de 25% às importações vindas do país, suspendeu a concessão de vistos e cancelou os vistos de autoridades do governo de Gustavo Petro.


O presidente colombiano, Gustavo Petro, disse que só receberia colombianos deportados dos EUA em voos comerciais. Ele afirmou ainda os Estados Unidos devem estabelecer “um protocolo para o tratamento digno” dos migrantes antes do recebimento pelo país de origem.


Trump reagiu:


“Acabo de ser informado que dois voos de repatriamento provenientes dos Estados Unidos, com um grande número de criminosos ilegais, não foram autorizados a aterrar na Colômbia. Esta ordem foi dada pelo Presidente Socialista da Colômbia, Gustavo Petro, que já é muito impopular entre o seu povo”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.



Segundo o americano, a negação destes voos por parte de Petro colocou em risco a segurança nacional e a segurança pública dos EUA, razão pela qual ele determinou tarifas emergenciais de 25% sobre todas as mercadorias que entram no país. Em uma semana, as tarifas de 25% serão elevadas para 50%, afirmou.


Outras medidas


Trump também proibiu viagens e revogou “de forma imediata” os vistos para os funcionários do governo colombiano e todos os aliados e apoiadores.


O republicano ainda aplicou sanções de visto para todos os membros do partido, familiares e apoiadores do governo colombiano.


Ele determinou inspeções alfandegárias e de proteção de fronteiras aprimoradas de todos os cidadãos e cargas colombianos “por motivos de segurança nacional”.


“Estas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole as suas obrigações legais no que diz respeito à aceitação e retorno dos criminosos que forçou a entrar nos Estados Unidos!”, prosseguiu Trump.


O que diz Petro


Após virarem notícia os relatos de brasileiros que viajaram acorrentados e denunciaram violência, Gustavo Petro foi ao X para dizer que os EUA “não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos”. “Proíbo a entrada de aviões norte-americanos com migrantes colombianos em nosso território”, determinou.


Ainda segundo Petro, existem 15.660 americanos estabelecidos irregularmente na Colômbia, que deverão entrar em contato com o serviço de imigração colombiano para regularizar a sua situação. “Os migrantes são seres humanos e sujeitos de direitos e devem ser tratados como tal”, salientou o colombiano.


Situação do Brasil


As decisões dos EUA e da Colômbia podem acabar ressoando no Brasil, dada a crise que se instalou após brasileiros deportados no primeiro voo da era Trump chegarem algemados a Manaus (AM).



  • Os brasileiros algemados nas mãos e nos pés foram soltos por policiais federais brasileiros, por ordem do governo federal.

  • A aeronave do governo dos EUA pousaria na noite dessa sexta (24/1) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), mas o avião precisou pousar em Manaus para abastecer. Na capital amazonense, tripulantes perceberam problemas técnicos e cancelaram o voo seguinte.

  • Por ordem do presidente Lula, a FAB fez o transporte dos deportados do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), ao Aeroporto de Confins.

  • Dos 158 passageiros de várias nacionalidades, 88 são brasileiros.

  • Para o Ministério da Justiça, houve “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.


A decisão de deportar os brasileiros ocorreu durante a gestão de Joe Biden, mas eles são os primeiros a serem mandados de volta ao Brasil na era Trump.






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